quarta-feira, 13 de abril de 2011

Viva, entregue-se, arrisque-se!

Eis que finalmente, depois de muito tempo, minha inspiração voltou a andar a meu lado.
Posso dizer que esses últimos meses estão sendo bem esclarecedores. Metas, vontades, responsabilidades, limites e perspectivas tem se moldado de forma diferente, inimaginável, me arrisco a dizer.  
Em um de meus “momentos aborrecentes” fiz besteiras, cometi deslizes que tomaram proporções imensas e que me tiraram o sono por muitas e muitas noites, até que finalmente cheguei a uma simples conclusão: estava na hora de eu me mexer e mudar minhas atitudes para tudo voltar a se encaixar. Não é que eu estava certa ?! Parei, pensei, analisei meus comportamentos, minhas ações, meus sentimentos; me auto-conheci novamente.
Fazia muito tempo que não parava para pensar na minha vida, de modo geral. Estava egoísta, admito. Magoei muita gente querida, amada e importante na minha vida por pensar só em mim. Ações levianas que me causaram muitos transtornos e feridas no coração, mas também muito alívio em expressar alguns sentimentos que ficaram obsoletos dentro de mim, me tornando cada vez mais fria, e consequentemente mais sozinha. Às vezes é necessário um pouco de tempo para si, mas o tempo todo aí também já é demais.
Me surpreendi com muitas pessoas, algumas passei a valorizar mais depois dos tempos difíceis, que diariamente, insistiam em aparecer. Carinho e paciência; valores que não são mais encontrados com facilidade e sinceridade nas pessoas, e que por uma dádiva divina sempre tive e tenho em meu alcance.  
Ontem estava lendo uma coluna que dizia que quando nos amamos e nos valorizamos tudo parece dar certo, tudo flui livremente, sem nenhum transtorno. Concordo em termos, pois quando estamos com nossa auto-estima muito elevada começamos a pisar e a magoar os outros sem querer. Iniciamos o famoso processo de, no popular, “se achar”.
Controlar sentimentos nunca foi fácil para ninguém, porque não é algo que pensamos, e sim sentimos, delicado demais para ser tão moldável. Posso dizer que sou uma pessoa muito racional, isso porque meus sentimentos são muito frágeis e costumo não demonstrá-los para não serem utilizados por pessoas incoerentes e que não tem bons sentimentos por mim; uma forma de proteção , diria. Meu ego estava tão alto nestes últimos dias que nem percebi que ao falar de mim, desvalorizava quem estava ao meu lado, pois me colocava em um auge tão alto de narcisismo que tornei-me egoísta. Gostar de si é ótimo, até certo ponto.
Estava me sentindo só, vazia, como nunca havia me sentido, porque afastava quem realmente importava com minhas palavras bruscas ou mal empregadas. Meu super ego me afastou de mim mesma. Mudar seria necessário.
Quando queremos e acreditamos podemos tudo, a chamada fé, conhecem ?! Mudar foi e continua sendo meu principal objetivo, a mudança obviamente é o crescimento do ser humano. Quando mudamos e o resultado é negativo temos que ser flexíveis o suficiente para nos adaptarmos, estufarmos o peito e tentar de novo. Crescimento pessoal, profissional e espiritual continuam sendo os principais desejos de qualquer pessoa, pelo menos em alguma área. Para uns a vida pessoal é o mais importante, para outros a profissional e para os outros a paz de espírito, estar em comunhão com Deus, com o Universo, com o Cosmos, ou o qualquer que seja a crença, é o maior objetivo que se pode alcançar. O dia que alguém conquistar os três será um ser abençoado, pois já terá passado por tudo nessa vida.
Sem percebermos, constantemente, estamos recebendo provas, obstáculos, para nos tornarmos mais fortes e perseverantes em nossa jornada de vida. Dizem que Deus não dá a cruz maior do que podemos carregar. Isso é fato.
Posso dizer que toda essa turbulência que vivi estes últimos dias me fortaleceram, me mudaram e me ajudaram a perceber o quão maravilhosa é minha vida e quem está nela.
Conceitos e até vontades me fizeram entender que agir por impulso não é o melhor, e que refletir vez que outra cai muito bem antes de tomarmos alguma decisão.
A vida nunca é o que esperamos, até porque se fosse ser tudo o que planejamos todos pisariam uns nos outros com seus sonhos medíocres e pensamentos pequenos. Poder e dinheiro não são tudo, aliás, sem boa cabeça e bom coração não valem uma só gota de prazer.
Cultivar a amizade e a presença de quem gosta e cuida da gente é a melhor coisa que temos a fazer. Aproveitar cada momento simples, risadas, segundos com quem importa de verdade em nossas vidas é o mais delicioso sabor que podemos ter o privilégio de sentir.
Arriscar-se e mudar não é tão difícil quanto imaginamos. Ser flexível e adaptável é que é difícil, não impossível.
A convivência com o ser humano é sempre complicada, mas imprescindível, cada dia aprendemos com todos que nos cercam, e temos que saber respeitar a opinião e o espaço dos outros. Geralmente os nossos pensamentos não condizem com os dos outros, mas nem por isso são menos importantes que os nossos.
Valorização é o que temos que ter diante da vida, de cada momento partilhado com cada pessoa, por mais insignificante que ela possa parecer. Todos são importantes para todos.
Como diz a música: ” Viver e ser livre, saber dar valor para as coisas mais simples. Só o amor constrói pontes indestrutíveis”.
Acredite em si, confie em si, mas também permita-se arriscar e confiar nos outros, mesmo que depois não tenha valido a pena, ao menos você teve coragem e tentou. Não deixe o medo tomar conta de você e manipular suas ações, o transformando em um fantoche.
Avalie sua vida, seus atos, e abra os olhos para perceber como és um ser humano incrível e como mudar pode ser bom. Coragem amigo, CORAGEM !
Ainda há tempo, sempre há tempo. Digo por experiência própria.
 Viva, entregue-se, arrisque-se!

Beijinhos e até a próxima.